Durante uma Aula de Psicologia no I.M.S
Moysés Amaro Dalva
Não tenho mais poesiaPara poder contrapor
A essa aula vazia
Desta ciência Psi...
E o diabo é que a chamada
Não foi “inda” realizada.
Não posso sumir daqui.
“Tudo na vida é objeto”
Diz, direto, o professor.
(...E eu me sinto abjeto
Face à tanto desamor).
“O ideal é objeto”
Diz em `linguagem chulé’.
Eu cá... Me vou afundando,
Que Psi...já não dá pé.
“Somos fantoches da gente,
E a gente se envergonha.”
Vai perorando o meu mestre,
E eu me sinto sem-vergonha
Para confessar que sou
Um poeta sem poesia
Dentro da aula vazia
Dos substratos da Fé.
“Elaboração do homem
Sob o prisma topológico...
”O professor é tão lógico
Pragmatizando assim..."
Que eu, poeta pequeno
De branco, fico moreno,
Por ser tão pequeno assim.
Estou parado e por fora
Desta ciência Psi...
Mantendo as pernas cruzadas,
A classe quase masturba
Com as idéias que, aqui,
São jogadas, bem á gosto
Da conjuntura atual
Somando com a Teoria
A Praxis Perimetral,
Das dissonâncias de um Tempo
Do Homem Diagonal...
‘Nossa neurose é conflito
E os amassos são culposos’.
Mentalmente a classe ensaia
O seu ‘insait’ de gozo,
Na referência precoce
Do prazer sexual,
Nesta Universidade
Que ia bem e hoje vai mal.
Lá vem ‘chulé’ novamente
Nesta palestra formal.
Caramba!... Até suingue
Entrou na aula local.
Ao Diabo, Mestre "Sorbone",
Com a sua pregação!
Vou questionar Karl Marx
Dentro da minha consciência.
Enquanto a sua clemência
Pela ciência Psi.
Vai progredindo, eu me calo
Vou pensar em minha tarde
De berçário e opressão.
Você preserva Estruturas,
Eu quero a Revolução !
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